Quando falamos do combate ao coronavírus precisamos nos lembrar de um grupo de pessoas que está na linha de frente. Estamos falando daqueles que atuam para salvar a vida de todos nós: os médicos e enfermeiros.
Além da constante exposição de risco, estes profissionais estão sofrendo com a sobrecarga de trabalho.
As consequências? Por mais que o cansaço físico seja enorme, o que tem preocupado ainda mais os especialistas é a saúde mental. O turbilhão de notícias, expectativas e inseguranças também deixam os médicos e enfermeiros tensos.
Por mais que eles precisem ser fortes diante dos pacientes e de suas famílias, devemos lembrar que eles são seres humanos também.
Neste momento tão complexo e atípico de combate ao coronavírus, nossos médicos e enfermeiros são grandes heróis de guerra. Trabalhando mais do que o normal e fazendo o impossível para salvarem vidas, estão arriscando as suas próprias vidas em prol do outro.
Trabalhar na linha de frente nesta pandemia talvez seja o maior desafio que boa parte destes profissionais vai enfrentar na carreira.
Ao longo deste artigo, confira um pouco mais em detalhes a situação que os profissionais da saúde estão enfrentando no Brasil. Além disso, também compilamos algumas dicas para ajudar a lidar com a ansiedade e estresse excessivos neste momento tão incerto. E se você tem um amigo ou parente que é profissional da saúde, não deixe de enviar este texto para ele!
Sumário
- Como os profissionais da saúde têm enfrentado o combate ao coronavírus?
- A falta de equipamentos de proteção é mais um fator de estresse para quem atua no combate ao coronavírus
- Cuidados com a saúde mental para quem está no front do combate ao coronavírus
- Meditação
- Expressão criativa
- Filtro nas notícias
- Exercícios físicos
- Terapia
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Caos, medo e insegurança marcam o dia a dia dos médicos e enfermeiros. A pandemia que já assola o Brasil há alguns meses ainda não tem data para terminar, o que causa ainda mais angústia para toda a população e para os profissionais da saúde.
A preocupação excessiva com a qual os médicos e enfermeiros estão lidando todos os dias pode ocasionar em aumento dos níveis de ansiedade, estresse e até mesmo um transtorno de estresse pós-traumático. Os desafios impostos pelo novo coronavírus são inéditos para muitos destes profissionais que caíram de paraquedas no meio da pandemia.
Para completar, devido à falta de médicos, diversos residentes foram deslocados para a linha de frente com o objetivo de ajudar nesta luta diária. Além dos receios em relação à exposição ao vírus, estas pessoas também se preocupam com a relação trabalhista, pois são residentes e não contam com as mesmas proteções trabalhistas que outros profissionais.
Como se já não bastasse todo o contexto dramático com o qual os médicos e enfermeiros precisam lidar durante o combate ao coronavírus, também há as preocupações com o básico: equipamentos de proteção individual. Uma pesquisa realizada pela Associação Paulista de Medicina (APM) apontou que 50% dos médicos que estão na linha de frente contra o coronavírus precisam lidar com a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs).
Os dados são alarmantes:
- 50% dos médicos afirmam que faltam máscaras NP5 ou PFF2;
- 38,5% confirmam que faltam equipamentos de proteção facial;
- 26% disseram que faltam óculos;
- 31% afirmam que faltam aventais;
- 36,5 dizem que não máscaras cirúrgicas o suficiente.
Toda esta situação causa medo, ansiedade e estresse excessivos para os profissionais da saúde. Porém, o pior de tudo é que sem estes equipamentos de proteção individual eles ficam ainda mais vulneráveis com risco de se contaminarem. Os dados já contabilizam mais de 100 enfermeiros mortos e mais de 4 mil contaminados. Ao todo, são mais de 30 mil profissionais da saúde que já foram afastados por conta da contaminação.
Por mais que os médicos e enfermeiros estejam acostumados a lidar com desastres e emergências, a pandemia do coronavírus já é considerada um dos maiores problemas sanitários da geração atual. O fato do vírus ainda ser desconhecido e não existir uma previsão clara para a criação da vacina faz com que todos convivam com a doença no escuro.
As preocupações são muitas: as mortes, o colapso do sistema de saúde, a crise econômica, os novos hábitos e comportamentos devido ao distanciamento social, entre outras. Tudo isso é fator de ansiedade e estresse.
O estado constante de alerta e o turbilhão de notícias dramáticas na mídia fazem com que os profissionais da saúde cheguem ao limite. Alguns dos principais impactos na saúde mental são transtornos de ansiedade generalizada e transtorno de estresse pós-traumático. Há várias formas de lidar com essa carga excessiva de estresse e ansiedade, mas não há uma receita de bolo que funcione exatamente igual para todas as pessoas.
Confira, em seguida, algumas atividades que podem ser incluídas no dia a dia destes profissionais para que consigam administrar melhor as emoções neste período de pandemia.
Meditação
Uma prática simples e rápida que pode ser realizada a qualquer horário do dia e em qualquer lugar. Tirar alguns minutinhos focar no presente e na sua respiração pode ser uma maneira de lidar com todo o caos e ansiedade em relação ao futuro. Existem muitos aplicativos de meditação guiada para quem é iniciante.
Expressão criativa
Uma maneira de explorar emoções positivas e descarregar um pouco toda a carga emocional é por meio de atividades que proporcionam uma expressão criativa. Pintar, escrever, desenhar ou tocar um instrumento podem ser maneiras interessantes de abstrair a mente e se acalmar, ainda mais neste momento em que não podemos sair nas ruas como fazíamos antes da pandemia.
Filtro nas notícias
Para quem já fica o dia todo na linha de frente, chegar em casa e se deparar com ainda mais notícias tristes é a receita do desastre. Um profissional da saúde deve aproveitar o seu tempo livre para abstrair e focar em outros assuntos que não sejam a pandemia. É preciso evitar exposição excessiva aos meios de comunicação neste momento.

Exercícios físicos
Se possível, fazer algum exercícios físico pode ser muito útil neste momento, pois é comprovado cientificamente que a prática ajuda a diminuir os níveis de estresse e ansiedade.
Terapia
Por fim, precisamos falar sobre a importância dos cuidados com saúde mental junto de um profissional especializado na área, ou seja, um psicólogo. A procura por terapia tem crescido muito neste momento e é indicado que os profissionais da saúde também usufruam deste serviço. Visto que o momento é de distanciamento social, muitos psicólogos estão atendendo a distância.
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